No período de 24 de junho a 10 de julho de 2009, o Projeto Mutirão das Águas realizou uma série de cinco Oficinas de Formação de Lideranças sobre Gestão de Unidades de Conservação de Uso Sustentável, abordando o Sistema Nacional e Estadual de Unidades de Conservação - SNUC e SEUC, Reserva de Desenvolvimento Sustentável - RDS e Reserva Extrativista - RESEX, Conselho Gestor, Plano de Gestão e Produção Sustentável.
Em Manacapuru, as atividades foram realizadas nas seguintes comunidades: Braga (Lago do Piranha, na RDS do Piranha), São Paulo (Lago do Sacambú, no entorno da RDS), São Pedro (Lago do Castanho, também no entorno da RDS). Em Coari, a oficina foi realizada na comunidade de São Francisco do Jacaré (Lago do Mamiá).
O Mutirão das Águas pretende estimular o uso e a conservação dos recursos hídricos no Amazonas, adotando como estratégias o apoio à gestão compartilhada e a capilaridade que as instituições que compõem o consórcio executor possuem na região.
Para o presidente da Associação dos Moradores da RDS do Piranha - AMRDSP, Sr. Moisés dos Santos Araújo, "as 86 famílias residentes no Lago do Piranha enfrentavam vários desafios para conseguir o apoio do poder público até formular projeto adequado a nossa realidade, visto que não havia nenhum projeto desde a criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS), há 12 anos. O Projeto Mutirão das Águas vem nos ajudar a desenvolver o que precisamos”.
Um dos temas abordados nas oficinas é a Produção Sustentável e em cada área de atuação do Projeto foi priorizada uma atividades produtiva a ser apoiada. No entorno da RDS do Piranha, a atividade priorizada é a Meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão). Para as lideranças desta área, como Francinei Gomes Monteiro - Presidente da Comunidade Boa Esperança do Castanho - "as palestras do Projeto Mutirão das Águas trouxe conhecimento coletivo de modo que despertamos sobre os recursos em nossa volta. Outra virtude é a aceleração política no sentido de articulação e união das comunidades em defesa do desenvolvimento sustentável. Por fim, é necessário organizar a produção e discutir com os órgãos responsáveis e também com o mercado, por exemplo, o projeto da abelha é fantástico e nos dá mais opções para desenvolver economicamente nossa vida”.
A atividade incluiu a participação da Secretaria Executiva Adjunta de Florestas e Extrativismos, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEAFE/SDS), cujo representante fez a apresentação do Programa “Fique Legal” que tem o objetivo primário de estimular a legalização das atividades florestais.
Por David Agra
Colaboração: MGC
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