
ÁGUA, POPULAÇÕES RIBEIRINHAS E MEIO AMBIENTE
Vamos tornar o Dia Mundial do Meio Ambiente um marco para a reflexão e para a difusão da importância do papel de cada um de nós para a conservação dos recursos naturais. Somos parte disso tudo!
Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, convém lembrar da importância da gestão dos recursos hídricos para o desenvolvimento sustentável e a garantia da disponibilidade da água para as gerações atuais e futuras das populações ribeirinhas da Amazônia.
A bacia Amazônica representa cerca de 40% do território brasileiro e possui mais de 60% de toda a disponibilidade hídrica do país. No entanto, é uma região de contrastes naturais e humanos que tornam desafiadora a gestão de seus recursos naturais, especialmente dos recursos hídricos.
A água está presente em vários aspectos e escalas do espaço geográfico amazônico, delineando cenários complexos e desafiadores: seja influenciando a logística de transporte e escoamento de produção, seja incorporando as ações antrópicas em suas diferentes formas (por exemplo, a poluição hídrica ocasionada pela ausência ou saneamento básico insuficiente em comunidades e cidades ribeirinhas). Isto é um reflexo da dificuldade de implementação de políticas públicas nesta região, onde o desenvolvimento ocorre de forma pontual, geralmente facilitado pela implementação de programas e projetos específicos e muitas vezes independentes.
O Projeto Mutirão das Águas é uma destas iniciativas e pretende comprovar que por meio da mobilização, organização e capacitação comunitária é possível promover ações eficazes voltadas para o uso e conservação dos recursos naturais, especificamente dos recursos hídricos.
Em dois anos de execução, o Mutirão das Águas já mobilizou e capacitou mais de 800 ribeirinhos nos municípios de Manacapuru e Coari, promovendo a organização comunitária e apoiando ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida. No Lago Mamiá, em Coari, o projeto apoiou a criação de uma associação agroextrativista de comunitários (a AAGROLAM) interessados em solicitar a criação de uma unidade de conservação de uso sustentável. Em Manacapuru, onde já existe a RDS do Piranha, os debates foram direcionados para possíveis soluções comunitárias que garantam a efetiva implementação da área protegida, por meio da co-gestão.
A participação das populações ribeirinhas nos processos de debate e encaminhamento de soluções para os problemas sociais, econômicos e ambientais, consolidando uma parceria pautada na co-gestão, parece ser o mecanismo mais eficiente já adotado para atingir o desenvolvimento local sustentável. Capacitações, apoio a experiências produtivas promissoras, educação ambiental, apoio à criação de unidade de conservação, elaboração de uma Agenda 21 comunitária, são algumas das ações do projeto que estão em andamento.
Maiores informações: contato@mutiraodasaguas.com.br
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