O Projeto Mutirão das Águas é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental e executado pelo Consórcio CNS-GTA-ATECH-ASA, no Estado do Amazonas, especificamente no Lago do Mamiá (Município de Coari) e Lagos do Piranha, Castanho, Sacambú e Jaiteua (Município de Manacapuru).

Tem por objetivo promover o uso e conservação dos recursos hídricos e o desenvolvimento sustentável das regiões de atuação, por meio do apoio à organização social e produtiva das comunidades ribeirinhas, com foco no incentivo à criação de unidade de conservação de uso sustentável e ações voltadas para a educação ambiental, organização social e arranjos produtivos.


Adota como estratégia a articulação de parcerias, mobilização social, diagnósticos participativos e capacitação de lideranças com temáticas sobre organização comunitária, educação ambiental, políticas públicas, cidadania, gênero, associativismo, uso e conservação dos recursos hídricos, produção sustentável, unidade de conservação e construção de uma Agenda 21 comunitária.

Este Blog contém informações, notícias e contribuições dos membros da equipe executiva e técnica do Projeto e dos parceiros.



quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Tecnologias voltadas para o uso e a conservação da água

Se depender dos consorciados do Projeto Mutirão das Águas, patrocinado pelo Programa Petrobras Ambiental, o Amazonas pode ganhar mais uma unidade de conservação. Na primeira semana de agosto, um grupo de técnicos da Fundação Aplicações de Tecnologias Críticas (Atech) mapeou parte da área do Lago do Mamiá, no município de Coari (distante 368 quilômetros de Manaus em linha reta), que tem potencial para se tornar unidade de conservação.



Imagens aéreas de alta resolução permitem a visualização detalhada do terreno e das formas de uso e ocupação existentes (Comunidade São Francisco do Jacaré, Lago do Mamiá, Coari - AM).

Os técnicos utilizaram um sensor de imagem adquirido por meio de convênio com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), operado hoje pela empresa Aerosensor, que faz parte do grupo Atech. Esse equipamento, segundo explicou o engenheiro sênior da Atech, Luciano Mousinho Rodrigues, é capaz de gerar imagens de alta resolução, o que possibilita visualizar de forma mais detalhada o terreno e as formas de uso e ocupação existentes no local, bem como as zonas com impactos ambientais, entre outros. “Esse sensor gera imagens com vários canais espectrais e as imagens captadas por ele são diferentes das imagens dos satélites, pois permitem identificar feições de maneira automatizada e não apenas pela interpretação visual”, disse.

Para fazer o mapeamento, a Atech utilizou uma aeronave da empresa Aerocarta. O avião foi todo adaptado para receber o sensor, que consegue captar imagens entre 500 e 3 mil metros de altitude. O sobrevôo feito no Lago do Mamiá durou aproximadamente duas horas e percorreu uma significativa faixa de dois quilômetros a partir das margens do lago.

De acordo com Michelle Costa, coordenadora técnica do Projeto e analista ambiental da Atech, esses dados serão analisados por técnicos da Fundação e da empresa Aerosensor em São Paulo e o relatório final complementará os estudos socioambientais que apoiarão a Associação Agroextrativista do Lago do Mamiá (Aagrolam) no pedido de criação de uma unidade de conservação de uso sustentável. Além disso, os resultados do sobrevôo possibilitarão comparações com imagens obtidas por outros sensores na região, estabelecendo parâmetros de interpretação e barateando processos futuros de sensoriamento remoto


ASCOM: Jonária França (MTB 00070)
jonariafranca@gmail.com

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