O Projeto Mutirão das Águas é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental e executado pelo Consórcio CNS-GTA-ATECH-ASA, no Estado do Amazonas, especificamente no Lago do Mamiá (Município de Coari) e Lagos do Piranha, Castanho, Sacambú e Jaiteua (Município de Manacapuru).

Tem por objetivo promover o uso e conservação dos recursos hídricos e o desenvolvimento sustentável das regiões de atuação, por meio do apoio à organização social e produtiva das comunidades ribeirinhas, com foco no incentivo à criação de unidade de conservação de uso sustentável e ações voltadas para a educação ambiental, organização social e arranjos produtivos.


Adota como estratégia a articulação de parcerias, mobilização social, diagnósticos participativos e capacitação de lideranças com temáticas sobre organização comunitária, educação ambiental, políticas públicas, cidadania, gênero, associativismo, uso e conservação dos recursos hídricos, produção sustentável, unidade de conservação e construção de uma Agenda 21 comunitária.

Este Blog contém informações, notícias e contribuições dos membros da equipe executiva e técnica do Projeto e dos parceiros.



quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ENTREVISTA com Andreza Oliveira

Andreza Oliveira é Engenheira de Pesca, formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e foi convidada pelo Projeto Mutirão das Águas para participar de uma oficina de capacitação sobre Manejo de Pesca junto às comunidades da RDS do Piranha. Esta atividade foi realizada no período de 2 a 4 de setembro de 2009, quando foi concedida esta entrevista.

Mutirão das Águas - Qual a diferença entre o Manejo de Pesca e Acordo de Pesca?

Andreza Oliveira- O Manejo de Pesca envolve procedimentos que são desenvolvidos de forma contínua e permanente, visando sempre a sustentabilidade da pesca enquanto atividade econômica e de subsistência. O Acordo de Pesca é um conjunto de medidas (regras) específicas definidas pelos comunitários , em consenso com diversos órgãos de gestão de recursos pesqueiros.

MA - Qual seria a proposta mais viável para as comunidades do lago do Piranha?

AO- O ideal seria o Manejo de Pesca, entretanto, os comunitários desejam que seja implantado o Acordo de Pesca. Neste caso, seria interessante aprofundar o debate e analisar os problemas e oportunidades, de forma que todos sejam contemplados e que seja diminuída a pressão da pesca por parte dos pescadores de “fora”.

MA - Em quanto tempo, seguindo todas as etapas necessárias, poderia se formalizar junto aos órgãos governamentais e o tipo de proposta escolhida pela comunidade do lago?

AO- Este procedimento requer um tempo relativamente longo para sua viabilização. De qualquer forma, depende do nível de interesse das comunidades junto às órgãos ambientais. É necessário protocolar documentos junto ao IBAMA, acompanhar a análise e parecer do órgão sobre o pedido de implantação da atividade. Todo esse procedimento pode demorar meses.

MA - Como foi a participação dos comunitários e qual foi o assunto de maior interesse?

AO- A participação foi positiva. O público foi reduzido, mas estiveram presentes os principais interessados, o que tornou a oficina mais dinâmica, facilitando o processo de discussão e assimilação de conceitos e procedimentos. O assunto de maior interesse foi o Acordo de Pesca, foco da maior parte da discussão durante a oficina.

MA - Fale um pouco da sua formação profissional.

AO- Sou engenheira de pesca e estou me especializando em Gestão Ambiental. Tenho experiência na área de pesquisa no INPA e junto ao Projeto PIATAM, com ênfase em trabalhos de morfologia de espécies e taxonomia. Atualmente, leciono no CETAM e atuo como consultora na área de Pesca.

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